Poeira

17.12.16 -

Esses dias, fui a um bar com uma amiga que não via há alguns anos. Falamos sobre a vida, os desamores, os empregos conquistados e aqueles meses todos longe. Citamos uma amiga em comum - mais parceira dela que minha, que nunca mais vi. Perguntei como andava a menina.
"Tá namorando, tá superbem, guria. Feliz, mesmo. O cara é muito gente boa, um fofo"
"Mas e ela segue sendo ela? Digo, tendo aqueles surtos e saindo dos lugares bufando?"
"Super! E sabe o que ele faz? Ri, se importa um pouco e depois ela volta, sempre"
"Guria, mas que ótimo! Ela achou alguém que aceita ela, direitinho como ela é, né?"
"Sim! E sabe o que ele diz? 'Ah, se eu fosse me importar com todas as vezes que ela acaba comigo e depois se arrepende, já teria surtado. Se colocar no papel, qualidades dela valem à pena'"
"É, acho que no fim das contas é sobre isso que é o amor: gostar tanto do lado bom que os defeitinhos pareçam pó, pontinhos de luz, praticamente nada"


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